sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Tribos.



            Nas ùltimas semanas tenho visto na televisão um programa  chamado “Tribos”, ele é exibido às quartas-feiras lá pelas 23h na TV Brasil, Canal 11 ,trata-se de um documentário da rede inglesa BBC. No programa um pesquisador chamado Bruce Parry viajou durante 1 ano ao redor do mundo para viver conforme os mesmo hábitos de populações mais remotas que existem no planeta.
            O mais interessante desse programa é que Bruce demostrava muito respeito e admiração por culturas muito diferentes da sua o que lhe colocava em situações bastante engraçadas e inusitadas tanto para ele quanto para a tribo em que ele esteja hospedado. Essa linha tênue entre o medo de fazer algo errado, que pudesse ofender alguém, e não entrar em determinadas situações que poderiam custar sua própria vida foi muito interessante e quase sempre muito divertida para quem está sã e salvo vendo tudo pela televisão.
            Ele viajou  para várias sociedades não vou listar aqui mas no site tem com mais detalhe essa sua jornada : http://www.bbc.co.uk/tribe/
 Passando por situações de extremo cansaço físico e mental, pois adaptar-se a uma cultura já existente há milênios em apenas 1 mês não é fácil para ninguém. Mas ele estava ali para ser um integrande da tribo onde geralmente todos têm seu papel definido, ele não queria ser um estorvo, um peso para a harmônia da aldeia,ele foi adotado para estar entre os seus, mesmo que isso signifique,  beber sangue de boi, comer morcego, vermes, passar fome , receber cusparada na cara de anciãos (cusparadas de sangue de boi), andar correndo sobre bois, pescar concrodilos e comê-los, tomar drogas alucinógenas entre outros hábitos culturais incomuns para nós mas comuns  para os povos visitados.
            O engraçado é que ele sempre se dava mal de alguma forma  e você não entendia  nada do que os nativos diziam mas eles sempre estavam rindo dele, como se ele fosse uma pessoa que nunca fazia nada direito, inclusive as mulheres achavam engraçado aquele inglês tantando fazer parte do grupo, coisa que tenho que adimitir ele conseguiu.
             logicamente, algumas coisas não deixaram ele fazer como quando ele foi visitar os Suris uma tribo que fica na Etiópia  em que eles lutam entre si com bastões, faz parecer “Ultimate Fight” briga de travesseiros, é um esporte bem violento,mas só assim o jobem Suri era visto e respeitado por sua tribo e pelas mulheres, pois esse esporte tinha um objetivo comum: se exibir para as mulheres da tribo.
            Não deixá-lo lutar foi bastante sensato, pois ele poderia se machucar gravemente, perder um olho ou até morrer e mesmo se ganhasse não ia ter mulher nenhuma da tribo.As mulheres Suris  usam um alargador nos lábios inferiores e extraem os dois dentes inferiores frontais desde muito jovens para ficarem com os lábios super esticados, se elas não fizerem isso os homens não se sentem atraídos por elas, algumas mulheres não fazem e ficam sem se casar, pois não se tornam atraentes. Um explicação para terem os lábios dessa forma desde muitas gerações pregressas foi o fato de quando os caçadores de escravos vinham pegá-los não levavam suas mulheres por causa da aparência.
            Sempre que ele chegava a uma tribo  ele era “adotado” e ficava morando na casa/cabana de seu pai e mãe adotivos, era tratado como um filho de fato.Eu sei que muita coisa é editada em um programa de televisão, mas acredito que as lágrimas de tristeza destas pessoas quando ele ia embora não sejam truques de imagem, foi bastante comovente em algumas situações.
             O mais importante disso tudo foi que de alguma forma, esse documentário provou que apesar do avanço tecnológico nos dar a impressão de que o mundo é pequeno, ele é muito maior do que pudemos imaginar e quem  sabe percebermos que não somos tão diferentes dessas pessoas assim.

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